Todas as terças, às três da tarde, ela passa.
Seu corpo volumoso e pesado desliza em vertidos noturnos e esvoaçantes, os saltos são altíssimos, no braço a bolsinha e o agasalho.
O tempo não para e nem nunca parou, para ela perder-se de amor.
Sente-se esquecida às vezes, mas faz-se lembrar, assim que chega, no baile do parque, onde todas as desventuras dão lugar à aventura, de ao menos esperar um grande amor, quem sabe!
Por isso, ela se veste com esmero e se perfuma intensamente.
Talvez queira expor sua alma em aroma floral.
WD, 03 de abril de 2013
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