wil dupont: setembro 2020

domingo, 20 de setembro de 2020

Casa cor

A visitação à Casa Cor sempre foi uma necessidade.

Ali reconhecia as tendências

Buscava as influências

Capturava as cenas tanto na mente como na câmara.

Criticava

Gostava

Desgostava

Vasculhava

Aproximava-se de sua essência:

dos desenhos, das estampas, das formas, das organização, dos acabamentos...

A de 2015, foi no Rio de Janeiro, cidade de interesse constante.

Na ocasião, os destaques ficaram para Raphael Costa Bastos, Bela Carioca Restaurante, Mariana Dornelles, Caco Borges, Gabriel Sabugosa, Andrea Duarte/Anna O Malta, Maurício Nobrega, Ricardo Melo/Rodrigo Passos... não necessariamente nessa ordem.

Fridas

Tudo começou com a necessidade de apreender a técnica de confecção e pintura em papier mache.

Primeiro surgir uma e que demorou bastante para ser concluída, pois sempre tinha um detalhe a ser adicionado ou algo para ser refeito.

Criação, pintura, aplicação de "scrap"... nada ficava de fora...

Depois surgiram outras... num processo relativamente mais rápido...

Criação e produção: Wil Dupont

Julho de 2017 em diante...

sábado, 19 de setembro de 2020

Berger

Ambiente criado para Tecelagem Panamericana em evento da indústria moveleira (formobile 2012).

O destaque da sala de leitura com inspiração inglesa é a berger.

A proposta para o estande da empresa é a utilização dos tecidos de sua fabricação na parede, nas cortinas e aplicação em mobiliário.

O evento aconteceu no espaço de exposições do Anhembi no período de 24 a 27 de julho de 2012.

Após a exposição, os mobiliários ganham vida e e cumprem o seu papel funcional para o qual foram pensados originalmente.

A berger ganhou destaque em vários endereços: Perdizes, Aclimação, Osasco e hoje passa a ocupar o seu espaço na Vila Sônia.

Projeto e execução: Wil Dupont

Data: 22 de julho de 2012

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Da boca...

Da boca,

a fala.

Da fala,

o real,

o imaginário...

[s/d]

Fonte da imagem: http://aoseutempo.blogspot.com/2017/06/real-e-imaginario.html

Nota: a imagem foi escolhida aleatoriamente na internet em 18/09/2020.

Pessoas

Como

pessoas que se

cruzam

se atravessam

sem estar perto

sem se tocarem

somente o reflexo

do cristal

fundido ao real

é tudo que se vê

As pessoas

se cruzam

se atravessam

sem estarem perto

não se tocam

se fundem

no reflexo do cristal

a imagem refletida

e o real

[s/d]

Nota: não sei qual dos textos foi escrito primeiro.

Vestígios

Passava a mão no rosto

para tirar,

quem sabe,

vestígios do passado.

O peso de ter vivido

de corpo e alma

de alma leve

de corpo pesado.

No rosto ficaram marcas

do tempo e da vida.

Passava a mão no rospo

para tirar,

quem sabe,

acometimentos,

amores,

que nunca esqueceu.

[s/d]

Lembranças defuntas

de um tempo

agora inventado

sem registros

e verdades

Vida sonhada

cada fato se transforma

em outro

Cada rosto movimenta

no jogo

de luz e sombras

Este é aquele

resta um frágil imaginário

sem sentido

descendo para

um único momento

que nem sabemos

ou escolhemos

a hora.

[s/d]

Últimas peças

Aconteceu em meados de fevereiro de 2020.

Algumas peças em porcelana foram cuidadosamente pintadas e submetidas à queima.

De lá para cá, muitas coisas aconteceram:

a local da queima ficou fechado por conta da pandemia;

as pessoas que acolheram as peças, foram demitidas;

o Wil adoeceu e veio a óbito.

As peças foram resgatadas somente hoje, em meio a vários outros trabalhos que também ficaram para trás por seus autores.

Talvez essas últimas peças já tivessem um "dono", mas não fui informado.

A notícia que chegou para mim é que tinha peças para retirar e eu fui, sem saber exatamente o que me esperava.

Fiquei curioso pelo conjunto: uma vasilha para doce ou sobremesa com três vasilhas menores e três "pires". Por que três? isso certamente nunca saberei.

Hoje ficam aqui à disposição de interessados...